sexta-feira, 17 de maio de 2013

“ETERNAL LIFE TO THE GUITAR!”. AND MPB ALSO! OBVIOUSLY...



Quando nasci, no ano de 1961, um executivo da Decca Records – um daqueles bestas que esnobaram os Beatles!... –, falou: “Grupos que tocam guitarra estão com os dias contados”!!!

Quase uma década mais tarde – e eu já era menino –, havia ainda um verdadeiro ódio contra a guitarra, e, por consequência, contra os cabeludos, e era comum ouvir dos mais velhos e conservadores: “Um dia o rock vai acabar!” – e minha mãe dizia isso! Ingênuo que era, eu ficava preocupado, pensando (e "esperando"...) quando é que esse dia ia chegar!...

Nesta época, 1969, as guitarras eram consideradas “aberrações norte-americanas”! No Brasil, muito antes, porém, em 16 de fevereiro de 1957, o então governador de São Paulo – o maluco Jânio Quadros –, proibia o rock em bailes. Ironicamente, novamente em 1961, o então ministro cubano – o não menos maluco "Che" Guevara –, foi condecorado pelo presidente da Republica – novamente o maluco do Jânio Quadros!... –, com a "Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul"!... (antes condecorasse a guitarra!). Sim, o Che Guevara, o mesmo sujeito sanguinário que, depois, por ironia do destino, seria cegamente idolatrado pelos rockeiros mundiais!...


Uma década depois – mais precisamente em 17 de julho de 1967 –, com o slogan “Defender O Que É Nosso”, a “Passeata da MPB” – que ficou conhecida como a “Passeata Contra A Guitarra Elétrica” –, era realizada em São Paulo contra o inocente instrumento musical. Saindo do Largo São Francisco, a passeata desembocou diretamente no Teatro Paramount, na avenida Brigadeiro Luís Antonio, onde ocorreria o programa” Frente Ampla da MPB”. Na liderança, estava nada mais nada menos que Elis Regina, amparada por outros artistas como Jair Rodrigues, Zé Keti, Geraldo Vandré, Edu Lobo, MPB-4, e até Gilberto Gil, que, por sinal, entrou de gaiato no movimento. Essa passeata colocava em confronto duas tendências musicais: uma conservadora – a MPB, e outra renovadora – o rock (ou iê-iê-iê).



Nesta época, o então guitarrista dos Rolling Stones, Brian Jones, escreveu numa canção: “Andam dizendo por aí que o rock vai morrer/ Mey Deus! O que é que eu vou fazer?/ Ah... já sei, vou me matar também!”

Curiosamente, a história parecia ser levada à serio ainda na década seguinte: o compositor Carlinhos Vergueiro, em sua música “Comentário”, cantava: “E tem gente falando que o rock/ Falando que o rock/ Vai acabar/ “E tem gente falando que o samba/ Falando que o samba/ Não vai aguentar/ ”.  Ironicamente, na mesma época, do outro lado, o cantor Franco, dementia tudo com o seu medíocre “Rock Enredo”, onde cantava: “Andam dizendo por aí/ Que o samba vai acabar/ Que a batucada está por fora/ E o samba já não dá/ E o negócio é rock, e o negócio é rock/ E o negócio é rock and roll."”

Porém, nem o samba nem o rock acabaram – e não dão o mínimo sinal de que acabarão um dia. Ao contrário deste, o pobre do Brian Jones acabou, e precocemente! Mas eu – que nasci sob o signo da morte da guitarra –, sobrevivi e estou aqui de pé e vivinho para testemunhar mais que a “Long live rock and roll”, pois hei de ouvir antes de morrer: “Eternal life to the guitar!”. And MPB also! Obviously... 

Extraido do livro (em curso): "O MENINO DA USINA. Vol. 1 – Childwood – janeiro de 1961 a março de 1967"

quarta-feira, 20 de março de 2013

MINHAS CURIOSAS CONFUSÕES



É comum ao longo da vida, criarmos as vezes algumas confusões curiosas envolvendo nomes de lugares, entidades, pessoas, animais, alimentos e objetos. Vou falar de algumas que colecionei ao longo da vida, e de muitas delas não me desfiz até hoje!...



LOCALIDADES:

- Caldas Novas com Pousada do Rio Quente
- Campos Jordão com Poços de Caldas
- Teresópolis com Petrópolis
- Itirapina com Brotas
- Hortolândia com Holambra
- Taiti com Haiti
- Itapira com Itatiba


PERSONALIDADES:

- Ankito com Oscarito
- Tobias Barreto com Silvio Romeiro
- Júlio Hungria com Júlio Barroso
- Alexandre Garcia com Washington Novaes
- João Cabral de Mello Neto com Ariano Suassuna
- Eurico Gaspar Dutra com Getúlio Vargas
- Zapata com Pancho Villa
- Di Cavalcanti com Candido Portinari
- Kafka com Proust
- Raoni com Juruna
- Cacilda Becker com Bibi Ferreira
- Brigite Bardott com Jane Fonda
- Judas com Pilatos
- Martinho Lutero com João Calvino
- Pedro Stedile com José Rainha
- Blota Jr. com J. Silvestre 
- Jaime Cortez com Ignácio Justo
- Aldous Huxley com George Orwell
- Eumir Deodato com Airto Moreira


ENTIDADES:

- Greenpeace com WWF
- Natura com O Boticário


ANIMAIS, PLANTAS E ALIMENTOS:

- sucurí com jiboia
- cateto com queixada
- paca com cutia
- lontra com ariranha
- coala com panda
- babuíno com mandril
- agaporni com calopsita
- tuiuiú com cabeça-seca
- alce com rena
- atum com salmão
- charque com carne-seca
- fígado com rim
- ostra com marisco
- salsão com alho porró
- cará com inhame
- parmesão com provolone
- pamonha com curau
- camelo com dromedário

OUTROS:

- Corcovado com Pão de Açúcar
- "Star Trek" com "Stars War"
- "O Dia em que a Terra Parou" com "O Homem que Caiu na Terra"
- papiro com pergaminho
- guache com aquarela 
- crochê com tricô
- M. A. S. H. com SHAFT 
- Steeleye Span com Steely Dan
 

O cientista Carl Sagan, em seu livro “Os Dragões do Éden”, disse em certo capítulo que, reconhecendo-se “um pouco afásico e inteiramente disléxico”, fazia “uma série de confusões verbais sem significado simbólico, como misturar Schumann e Schubert”.

Tempos depois de ter concluído este texto, atinei que eu também tinha em minha vida um erro algo semelhante ao "Schumann e Schubert” do Sagan, mas um erro, diria, anagramático, pois eu confundia o nome de duas professoras minhas, da época de grupo escolar se chamavam elas Adilis e Aidil...

Que me perdoe o Sagan e quem sou eu para contestá-lo , mas, no meu caso – e sem fazer comparações pretensiosas , não creio que estas confusões tenham a ver com afasia ou dislexia, mas simplesmente com pura falta de atenção. E acredito também que muitos de meus leitores, se prestarem atenção nos termos relacionados, irão notar que, em alguns deles, fazem as mesmas confusões sem se dar conta...
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

UM OVNI, DO TIPO SONDA, QUE FOTOGRAFEI SEM TÊ-LO VISTO!


Dia 3 de setembro do ano passado, 2012, fui fazer algumas fotos noturnas na zona rural do lado norte da cidade de Leme (SP), numa estrada além do bairro São Bento, da vizinha cidade de Araras. Estava eu do lado nordeste da fazenda Lagoa Funda (22°14'5.74"S, 47°21'37.23"O), e o motivo principal das fotos naquele momento era esta fazenda e suas luzes. Para minha decepção, ao abrir as fotos em meu computador na mesma noite, notei ficaram todas desfocadas e os ruídos (granulações) muito acentuados. Mas algo chamava a atenção nas quatro tomdas que fiz: uma luz verde-azulada que eu não vi enquanto fotografava, e ao analisá-la, tudo levava a crer que se tratava de um OVNI. Tinha um caminhão na fazenda com os faróis acesos, de cor laranja, o que me chamou a atenção à princípio. A grande luz amarela era uma luz externa, talvez de alguma parede da fazenda. Já a pequena luz verde-azulada no céu é o suposto OVNI, que parece ser do tipo sonda, portanto de pequenas dimensões. Ao que parece, ele saiu do lugar onde fica a lagoa situada ao lado da fazenda, talvez imergido dela. Não se ouviu ruído algum no céu durante as tomadas. É comum este tipo de aperelho estar associado à cursos d'água.

Por sorte, sempre quando fotografei o objeto estava parado no céu, mas a sequência das fotos revela que se moveu sutilemente no céu no intervalo entre as tomadas.

Eu e um grupo de amigos vimos um aperelho desses passando sobre nós na Usina Palmeiras (há cerca de 8 quilômetros da fazenda Lagoa Funda) nas férias de 1976. Tinha uns 30 cm de diâmetro e atrás dele havia uma pequena cauda azulada! Notar que o OVNI da fazenda tem uma "névoa" acima e à direita dele, o que é visível nas quatro tomadas.

Na quarta foto, nota-se que, sem querer, a regulagem de distância da máquina estava ótima para a focagem do OVNI, e por isto mesmo ele é visto em sua perfeita forma esférica, o que foi uma grande sorte.

A fazenda estava à cerca de 500 metros de mim, e acredito que o OVNI há uns 200 ou 300 metros.

Foi realizado um tratamento nas fotos com o programa Corel Photo Paint, de modo a clareá-la, aumentar os contrastes, reduzir as granuções e a evidenciar melhor a forma do OVNI.

Notar seu deslocamento pelo céu - coisa que eu teria notado se ele estivesse visível: por exemplo, na foto 2, marquei a "posição 1" onde ele estava na foto 1 e ele já na nova posição no céu, e assim sucessivamente.

Se notarmos, da foto 1 para a foto 2 o objeto pareceu se aproximar mais do lugar onde eu estava. Esta região da cidade é um lugar que parece atrair este tipo de fenômeno, e eu mesmo já registrei pelo menos 6 ocorrências ocorridas desde meados do século passado.

Aqui, um video onde pode ser visto um OVNI semelhante, que surge no céu atrás da repórter de TV New Broadcast, Ontario, Canadá, em 2 de outubro de 2014.

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PENSAMENTOS DE UMA TARDE DE QUARTA-FEIRA CALORENTA (by V-Newton)

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É melhor ser inteligente que  ser esperto, mas é melhor ser esperto que ser burro.
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Desgraça de bêbado é muro chapiscado.
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Soltar um pum dentro do elevador é como mergulhar: você tem que prender a respiração.
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Repare: a desordem alfabética do teclado.
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O estivador, ao contrário do brocha, anda com o saco em cima da cabeça.
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O orgão mais musculoso nas mulheres é a língua. Exercitá-la é a sua principal ginástica.
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Desgraça de minhoca é formiga assanhada.
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Se as flores carnívoras fossem vegetarianas, seriam canibais.
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Mulher falsa é aquela que nos largou para ficar com outro homem. Mulher verdadeira é aquela que largou outro homem para ficar conosco.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

LUDITAS ÀS AVESSAS!!!...



Neste ano, 2012, está fazendo 200 anos que os revoltosos conhecidos como luditas fizeram uma série de destruições de tecelagens em Nottingham, na Inglaterra, entre fevereiro e março desse ano. Em plena era da Revolução Industrial, quebraram máquinas e depois incendiaram os edifícios. Mas, afinal, quem foram os luditas? Pois bem: o ludismo foi um movimento que ia contra a mecanização do trabalho, surgido com o advento da Revolução Industrial. Adaptado aos dias de hoje, o termo ludita se refere à toda pessoa que se opõe à industrialização intensa ou mesmo à novas tecnologias, como este que vos escreve... Este movimento social é hoje conhecido como o neoludismo. Um exemplo de um autor que se identifica com esta designação é Kirkpatrick Sale, que escreveu o livro "Rebels Against the Future" ou Movimento Operário. Segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, as máquinas tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, movimentos operários e duras horas de jornada de trabalho. E, curiosamente, a mesma revolta (sem tal violência, mas com  mesma gravidade) não se deu com nossos cortadores de cana com o surgimento das colheitadeiras mecânicas, que dispensaram a mão-de-obra da classe?!... (na ilustração, Ned Ludd, o líder dos Ludistas, gravura de 1812)
E já que estou falando de tecelagens, gostaria de dizer à meus amigos que meus pais – os jovens e belos conhecidos como Walter Daltro e Maria de Lourdes Rocha –, eram funcionários de uma mesma tecelagem, a "Textil São Antonio", hoje demolida, que ficava na Avenida Leme, Nº 80, de propriedade de Armando Lagazzi. Meu pai trabalhou ali entre 1951, aos 14 anos, até 1957, e minha mãe na mesma época – ela, como tecelã e ele como contador no escritório da empresa. É oportuno lembrar que, tempos depois – creio que no final da década de 90 –a tecelagem encerrou suas atividades, e na década seguinte ocorreu um estranho incêndio ali, e não se sabe de origem criminosa. Vale dizer – modéstia às favas – que sem a existência desta tecelagem – onde meus velhos se conheceram e se enamoraram –, este que vos escreve talvez não existisse!... (na foto, acima e à direita, a tecelagem em 1980)

Bem lembrado, é oportuno dizer que também, há exatos 155 anos atrás, no dia 8 de março de 1857, nos EUA, os patrões e a polícia trancaram as portas de uma tecelagem e depois atearam fogo, matando 129 operárias carbonizadas! Daí, caso não saiba, surgiu o Dia Internacional da Mulher!

Curiosamente, também exatos 200 anos depois do quebra-quebra dos luditas ingleses, em 4/04/2012, a Prefeitura Municipal de Araras aprovava o projeto para a construção de um novo edifício na cidade – o imponente "Vitrallis - Premium Residences", edifício que, por ironia do destino, vai se situar exatamente no mesmo local onde se erguia a extinta Textil São Antonio, onde, repito, a pombinhos apaixonados Daltro & Rocha uniram seus corações!...

À esta altura, meu leitor deve estar matutando aí: "Mas aonde esse danado do Wenilton quer chegar?!" Pois bem: é que dói ver uma tecelagem linda como era a São Nicolau encerrar suas atividades, pegar fogo e depois ser demolida – que ela era, de certo modo, um lugar sagrado para mim, cidadão extremamente preocupado com a preservação de nosso edifícios históricos ou antigos. Se situava a São Nicolau na espinha dorsal de Araras onde se alinharam e conviveram Daltros e Rochas desde o final do século 19 até o final do século seguinte. Daltros moraram ao longo da "Antiga estrada para Leme" (hoje Avenida Maria Muniz Michielin e Avenida Leme); Daltros construíram a Usina Palmeiras – meu paraíso extinto onde moramos na melhor época de nossas vidas!; Rochas moraram na mesma estrada, na fazenda Montevidéo, onde meu avô Francisco Rocha fora feitor, e meus tios – e minha mãe! –, nasceram! Meu avós Rocha, depois, moraram na rua Lacerda Franco, que vai desembocar exatamente na Avenida Leme. Meu pai, antes de mudarmos para esta usina, teve uma leiteria na rua Albino Cardoso, que forma uma bifurcação com a Lacerda Franco. Como se vê, por gerações e gerações, Daltros e Rochas se deslocaram e conviveram nesta importante espinha dorsal que era a principal via da Araras antiga por boa parte deste período.

Mas, se posso falar em luditas modernos – e não estou se referindo à mim –, ou melhor, em uma espécie diferente de ludista: luditas "negativos", luditas ás avessas, diria que são os capitalistas chineses! No caso, são os verdadeiros responsáveis pela ruína de nossas tecelagens! Sim, a onipresente China capitalista e sua competição selvagem desonesta!

Mas a coisa não parou por aí, pois há outras espécies de luditas às avessas nesta cidade, como, p. ex., certos empresários do ramo imobiliário, que mal vêem um terreno baldio, uma empresa fechada, uma casa antiga ou um casarão centenário, e dirigem para eles toda a sua sanha e cobiça imobiliária, fazendo tabula rasa de tudo! E nisto se inclui também os proprietários desses imóveis, que detestam tudo o que é antigo, não importa a história que há por detrás deles! E nisto, amigos, quanta coisa linda e de extrema importância histórica se perdeu! Araras já foi a terra de dezenas de tecelagens (e quanto casais ararenses não nasceram aí!), de inúmeras fábricas de mandiocas e de olarias sem fim! E onde foi parar toda essa maravilha? Não vou comentar aqui.

Ah, aquele pequeno trecho de rua em frente à Textil São Nicolau, quanto frequentei e quantas histórias vivi ali, eu, meus irmãos e amigos! Ali, aos 5 anos, fui ao circo pela primeira vez e ouvi todo feliz pela primeira vez a canção "Datemi un martello" com a sensação da época, a cantora Rita Pavone! Nesta mesma época, ali também, ouvi deslumbrado pela primeira vez o "martelar" incessante de uma velha araponga que ficava numa gaiola do posto do Henrique Volpi! Ali também o bar do velho Espica, onde tantos doces comprei e tantas caronas para a Usina pegamos ao sair mais cedo da escola! O último ponto de ônibus da Usina dentro da cidade, que nos recolhia ali todo final de tarde!

E eu fico pensando em todas estas maravilhas e seu melancólico final... e perguntas teimosas vem martelar minha inquieta cabeça: Até quando esses luditas às avessas vão destruir tudo? Quais serão seus próximos alvos? Como lutar contra eles? É quando me vem à cabeça a velha sentença do Caetano Veloso, que dizia da "força da grana que ergue e destrói coisas belas"!... Não, eu não me conformo, nunca me conformarei, e enquanto existirem luditas às avessas nesta cidade, haverá este "ludita positivo", o neoludita Wenilton, que com sua pena combaterá ferrenhamente para preservar nossas coisas belas que a maldita "força da grana" destrói sem piedade!

FONTE:
http://www.vitrallis.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ned_Ludd
http://www.abrazrj.com.br/index.asp?pageURL=48&NOticia=5&sector=0

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PENSAMENTOS DE UMA TARDE DE QUARTA-FEIRA


CASAL 20
Namora-se 10 anos às mil maravilhas, mas basta 1 ano de casado para que podridões venham à tona.
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ESTATÍSTICAS
Os conselhos crescem aritméticamente; os boatos, geometricamente.
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COMO DIZIA O CINÉFILO
Espero findar meus cem anos de solidão, e viver com ela nove semanas e meia de amor: vai ser a primeira noite de um homem!
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MONDO CANE
Em geral, temos Q. I. em excesso para fazer as mais complicadas experiências, mas não Q. E. o suficiente para praticar a mais simples das moralidades.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O diferente está para o diferir, asim como o indiferente está para o indiferir. Não, burro, o indiferir não existe!
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GEOMETRICAMENTE FALANDO
Duas linhas paralelas só se encontram no infinito, porque ambas anseiam pelo mesmo ponto de fuga.
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RELATIVIDADE
Eu não consigo voltar ao passado, mas que a minha vida tem sempre andado para trás, ah, isso ela tem!...
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LOVE SCENES
E pensar que naquela minha velha o paixão eu gastei o meu maior e melhor amor! Espero nunca mais tentar ser tão feliz! E nunca mais ser tão triste!...
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COMO DIRIA O PSICÓLOGO
Fala-me da tua hidrofobia, e eu falarei do teu mau cheiro.
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TERRA BRASILIS
O populismo antecede as eleições. O nepotismo sucede.
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DO ALÉM
“É melhor morrer de pé, encostado num barranco, que viver de joelhos, prestes a levar um tiro de misericórdia.” (Emiliano Zapata piscografado)
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MELHORANDO FRASES
Isto é sagú! Caviar uma ova!
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DIA MUNDIAL DA ESTATÍSTICA (responda rápido)
Se o instituto Gallup dá o maior ibope, o instituto Ibope dá o maior gallup?
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VIOLÊNCIA E ALIENAÇÃO
Disputas, velocidade e futebol: verdadeiras alegrias da infância , que, nos adultos nem sempre funcionam muito bem.
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CONVERSINHAS INFAMES (imaginando o Chaves e o Seu Madruga)
- Chaves, seu tonto, chorando só porque está cortando a porcaria de uma cebola!
- Não, não é isso, Seu Madruga!...
- Porque então?
- Esta cebola é só o que eu tenho para comer!...
- Glup!
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

RECEITA SIMPLES e INFALÍVEL PARA SE FAZER CIRCULOS INGLESES!!!

"São esses círculos nas plantações - eles não
são uma farsa e não se pode fraudá-los. Mas que
são, eles, ninguém até hoje foi capaz de explicar."
(Aleksei Arkhipovich Leonov, cosmonauta
soviético, o primeiro homem a "caminhar"
no espaço. UFO, nº 230, jan. 2016, pág. 44)

                                                                                                    

Imagine um desenho qualquer que ficaria bonito visto do alto, e desenho bem complexo de preferência - quanto mais complicado geometricamente, melhor. Se o terreno e a plantação onde será feito o trabalho forem teus, ótimo; do contrário, escolha uma área bem plana e de difícil acesso, e é bom escolher uma em que o proprietário não more perto. Depois, num computador, obtenha um mapa aéreo do terreno e sobreponha num programa gráfico, o desenho sobre a plantação. Em seguida, coloque todas as coordenadas necessárias para se transferir o desenho in loco.

A equipe que fará o trabalho deverá ser composta por pessoas que não fazem nada da vida, não curtem dormir de noite, e se forem velhinhos melhor, mas velhinhos com muita inteligência, talento artístico, energia e visão aguçada (lembre-se que, tempos atrás, dois velhinhos ingleses se apresentaram como autores de tais desenhos). Vocês terão o prazo de mais ou menos 8 horas para fazer os desenhos, isto, cuidando para que ninguém veja - até o momento é a regra geral! Se a equipe não for composta por loucos e desocupados como você, prepare-se para descolar uma boa grana pelo pagamento dos serviços prestados.

Depois, munam-se de ferramentas manuais (as que você imagina que servirão). Poderão ser usadas trenas quilométricas, balizas, cordas imensas para se fazer círculos, vários GPS e lap-tops, e muitos teodolitos (com visão infra-vermelho). Os Círculos Ingleses já tem mais de 30 anos de existência, e surgiram numa época em que ainda não existia GPS, de modo que sua equipe usando este aparelho poderá realizar as marcações com mais rapidez e eficiência. Para se confeccionar o desenho, servirão as próprias mãos (com luvas), alfanjes, foices e facões. Lembre-se que, antes, deverá ser providenciado um caminhão cheio de estacas e rolos de barbante a serem utilizados nas marcações. Lanternas não poderão ser usadas pois poderão denunciar a presença da equipe no local (e torça para ser Lua cheia, mas já vou avisando que ela não ilumina muito!...). Leve galões de água e chá quente, pois estes lugares costumam ser frios e brumosos, e brumosos à tal ponto que você pode não enxergar nada!...

Lembre que os quatro cantos da área escolhida terão de ser monitorados constantemente, de modo que nenhuma pessoa suspeita apareça! A polícia, ou fazendeiros armados com espingardas e cão raivosos, constituirão um enorme perigo! Lembre-se também que animais selvagens, que podem ser perigosos, podem estar ocultos em meio à plantação; portanto, se previna e vá armado, por mais incômodo que seja levar uma arma à tiracolo nestas horas...
Um conselho: se puder descolar uma daquelas máquinas imensas (não me recordo se elas são invisíveis, mas devem ser) que alguém geniosamente criou (dizem...) para fazer tais desenhos gigantescos, será tudo mais fácil. Ao transportá-la até a área de trabalho, faça-o com cuidado e total segredo, pois as pessoas que porventura te verem passando com ela pela estrada, irão querer de toda maneira fotografar este estranho aparelho e saber do que se trata!... E cuidado com a polícia, pois você, logicamente, não tem permissão para trafegar com uma geringonça dessas pelas estradas vicinais e rodovias. Se o terreno for teu, as coisas serão mais fáceis, pois, logicamente, você terá um imenso galpão para escondê-la à salvo de reporteres abelhudos. Ah, esta máquina, com certeza muito cara, e se você não for rico, melhor usar as mãos e os aparelhos comuns mesmo!!!...

Mas vamos continuar a receita levando-se em conta que você não pode dispor de tal máquina. Depois de todo marcado e balizado o imenso terreno, comece o trabalhinho (simples e rápido) de manipular as plantas que resultarão na tua sonhada obra-prima. O ideal, para ficar mais fácil o trabalho e a marcação dos desenhos, seria remover as plantas, mas como se são elas que darão vida à figura?!... Mas, para você que já colheu capim para jumentos e os amarrou em fardos depois, é tudo muito fácil, não é?... Grupos de plantas terão de ser torcidos de modo que façam sombras; outras que façam brilhos ou contrastes; outras serão cortadas, umas totalmente (a maioria) e outras em tufos com altura variável; as espigas, mantidas ou ocultas, assim como a remoção das folhas, ajudarão em nuances sutis dos desenhos; a altura e a torção impostas farão com que as plantas criem sutilezas quando vistas do alto (e, convenhamos, isso é muito simples de se fazer, eu te garanto!)

 Enquanto isso, alguém ficará lá em cima no céu, no meio da noite, num aparelho aéreo qualquer flutuando e orientando a equipe por meio de rádio, e é bom que seja em completo silêncio para não despertar pessoas, vizinhos, fazendeiros, etc. Creio que pelas proporções dos desenhos (depende de tua ambição) e do tempo a ser despendido, serão necessários várias pessoas dentro do aparelho com rádios, orientando os que estão em terra, estes com seus rádios próprios também. As luzes e lanternas do tal aparelho terão de ser mantidas desligadas, de modo que ninguém note que você ou ou sua equipe estão bulindo ali, quero dizer, estragando plantações, embora fazendo maravilhas... Quanto ao problema de como as pessoas do alto enxergarão o que está
sendo feito lá embaixo sem luz alguma, fica para você resolver. Este é um ingrediente da receita que eu não tenho!... Talvez óculos infravermelhos resolvam, mas, de todo modo, fica para você resolver... A esta altura, você já deve ter imaginado os probleminhas simples que surgirão nas comunicações, bem como os desentendimentos inevitáveis... 

As orientações deverão ser precisas, e erros não poderão ser cometidos em hipótese alguma, como tombar tufos de plantas de modo errado, ou, pior ainda, cortar plantas não especificadas no projeto. Felizmente, ao que consta, ninguém errou um desenhos desses até hoje, e nenhum deles foi abandonado por qualquer erro ocorrido.

Se a polícia aparecer, abandone o trabalho imediatamente e tudo o que você levou, e se mande rapidamente dali, pois poderá arrumar uma encrenca dos diabos. 
Quanto ao tal aparelho aéreo, um balão seria muito grande e facilmente seria identificado por pessoas passando pelo local. Um helicóptero chamaria mais a atenção ainda, mas o verdadeiro problema, vale lembrar, seria a quantidade de combustível necessária para se trabalhar por horas à fio. Lembre-se que, se você for pobre, esqueça-os e faça tudo sem referências aéreas mesmo...

À esta altura, creio que algum gênio (talvez o inventor da máquina de desenhar), já tenha inventado um aparelho aéreo adequado e altamente tecnológico para tal, em suma, um aparelho silencioso e invisível, movido à energia solar, mas se você for pobre, ihhhh!...

Com todas estas dicas simples, tenho toda a certeza do mundo que, ao cabo de no mínimo 7 horas de trabalho, a equipe terá feito uma verdadeira obra-prima em meio à escuridão, obra esta, de tal precisão e complexidade, que jamais constou em qualquer bienal deste planeta! E o mais incrível ainda, tudo realizado sem que ninguém tenha visto quem são esses grandes artistas que trabalham na calada da noite, gênios incógnitos e humildes que esnobam peremptoriamente a fama, o dinheiro e o glamour das bienais!!!...



A maior glória, por outro lado, será, no mínimo, fazer as pessoas de palhaço, pessoas estas que se digladiarão para saber quem fez tal obra de arte, digo, enigma assombroso. Umas, se perderão em mil conjeturas e divagações, dirão de "conspirações de extraterrenos", de "pegadinhas de ETs" etc; outras, fotografarão, reproduzirão e lançarão seus trabalhos acadêmicos sobre tal; outras ainda levantarão mil teorias, compararão os desenhos com outros desenhos milenares, com charadas matemáticas, enigmas cabalísticos e afins. Eis tua maior glória, seu maluco genial!

Pensando bem, a Inglaterra deve estar repleta de gente assim - ricos, loucos e desocupados -, enfim, malucos de toda a sorte que gostam de investir em passatempos bizarros, ainda que os resultados sejam maravilhosos! Mas, caramba, onde se esconde essa gente? Quem são eles? Porque não se identificam e ficam famosos de uma vez?!...

E se tudo der errado em tua empreitada de fabricar Círculos Ingleses, amigo, não me venha você depois com conversinhas infames mais malucas ainda, tipo de ETs zoando com a nossa cara, abusando com a nossa boa-fé e outros achaques!!! Onde de já se viu!!!...